27 outubro 2007

demónios

os demónios dos meus sonhos vêem dançar na rua ao lusco-fusco. e não há nada mais assustador do que demónios contentes...

16 outubro 2007

um dia hei-de encontrar aquilo que me faz falta. [não sei o que é. mas tenho dentro aquela ânsia de saber. de procurar.]

porque isto é pouco. muito pouco para mim. viver assim. ficar aqui ou ali. em sítio nenhum. ou em todo o lado.
e é esquisito. não saber o que se quer. mas ter esta vontade cá dentro. esta fome.

surreal - disse-me ela. o telefonema mais surreal que ela tinha recebido. normal. eu achei-o normal. [o que se acha quando uma garrafa de vodka nos dorme nos braços e nos conforta o coração? e o telefone é a nossa única ligação a alguém?]

é isso sim. acho a normalidade uma porcaria. a rotina então pff. odeio-a. odeio-a tanto quanto se pode odiar qualquer coisa [ou talvez um pouco menos]
a banalidade. aquele desconforto. aquela dor que não vai embora. aquela falta de ar nos pulmões. [afoga-nos disseste tu?]
sim. afoga-nos. enlouquece-nos. mata-nos.
por isso tentamos encontrar um pouco de sossego nesta nossa vida hipócrita. fazemos isto. aquilo. fazemos o que nos mandam. o que não queremos. chega de viver assim.
quando é que vamos parar de fingir que vivemos [e imitamos os outros]e passamos a VIVER?! quando?