26 junho 2007

falo.penso.perco.

falar.
falas-me ao ouvido. pedes-me que fique.
mas ficar onde? contigo respondes.



porquê?

[silêncio]

já me mandaste embora uma vez.
não faz sentido.
verdade?
não acredito em ti simplesmente. perdi a esperança de ouvir.
de ouvir o que eu queria e o que tu não me sabias dizer.
perdi a vontade de estar contigo. de falar. de ver[-te].


perdi.me enquanto te perdia.
perdi.me sempre que pensava em qualquer coisa mais.
perdi.me.

hoje ainda me perco.
mas o tempo é amigo. 'meu' amigo.
e tal como os vasos que se partem há sempre outros que permanecem intactos.

e é nisso que penso quando estou prestes a perder-me mais um bocadinho.

18 junho 2007

Era assim todos os dias. A mesma rotina. Alegria ao ver-te chegar. Tristeza ao ver-te partir. Aquela sensação de vazio, um amargo na boca, um gosto a nada, era o que me ficava. Não sei. Talvez eu seja parva. Afinal o que interessava era o tempo em que estavas comigo. Aí, o mundo era diferente. E dizíamos tanta coisa um ao outro sem precisarmos de palavras… As palavras às vezes magoam – repetias. E eu sabia disso muito bem. Já tinha acontecido… em tempos. Então, entre risos e abraços e risos e beijos encontrávamos o que nos fazia falta. E isso era o mais importante.

11 junho 2007

O verão do amor foi em 1969... Acham que podemos repetir?